Natália Andrade

Apaixonada por vinhos, acredito que as coisas boas da vida devem ser brindadas. Encontre aqui dicas do que há de melhor no mundo da vitivinicultura.

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Ordem de serviço dos vinho e seus critérios

Ordem de serviço dos vinho e seus critérios

O serviço de vinhos deve seguir alguns parâmetros para que a degustação seja mais agradável e possamos explorar todo o potencial dos vinhos a degustar.

Tendo em consideração o corpo do vinho, devemos começar o serviço pelos vinhos mais leves até chegarmos aos mais encorpados. É importante seguirmos esta sequência, pois assim teremos a correcta sensação de volume e densidade do vinho na boca. Se servirmos um vinho encorpado antes de um mais leve, esta ordem poderá comprometer a análise deste último vinho, dando a falsa percepção de que ele é mais leve do que de facto possa ser. Assim, é importante mantermos esta escala evolutiva na hora de servirmos os vinhos.

O teor alcoólico é outro factor importante e que devemos ter em mente na hora de estabelecermos a sequência de vinhos a serem servidos. Devemos começar pelos menos alcoólicos até chegarmos aos mais alcoólicos, já que o álcool amplia a sensação de peso e da doçura da bebida, pelo que quanto maior for a concentração alcoólica maior será a intensidade destas percepções. Contudo, há que se notar que o corpo do vinho não está directamente associado ao seu teor alcoólico, de modo que nem sempre o vinho com maior teor alcoólico será o mais encorpado.

O teor de açúcar é também um critério relevante. Devemos começar pelos vinhos seco, passando pelo meio secos até chegarmos aos doces. Isto porque se servirmos um doce antes de um seco, este poderá se revelar mais áspero do que realmente é.

Relativamente ao tipo de vinho, é preferível começarmos pelos brancos, em seguida servir os rosés e, por fim, os tintos. Normalmente, os brancos são mais leves que os rosés que, por sua vez, são mais leves que os tintos, pelo que a sequência determinada pelo tipo de vinho se justifica pelo corpo do vinho. Desta forma, se seguirmos esta sequência, é possível percebermos a evolução do peso do vinho, tornando a degustação mais prazerosa, já que vamos desenvolvendo o paladar de maneira suave e gradativa.

Por fim, devemos ter em conta a maturidade dos vinhos, começando pelos jovens até atingirmos os mais velhos. Os vinhos envelhecidos tendem a ser mais complexos e a exibirem aromas e sabores mais ricos, pelo que devem sobrevir os vinhos menos complexos para não comprometer a expressão destes. Assim, reserve os grandes vinhos para finalizar a degustação.

Deverá ainda ter em conta que…

• No que toca aos espumantes, os secos devem anteceder os demi-sec e os doces

• Os vinhos ligeiros deverão ser servidos antes dos  licorosos e doces

• Os vinhos devem ser servidos antes das bebidas destiladas, uma vez que estas apresentam um maior teor alcoólico

• Ainda que existam excepções, é recomendável seguirmos a sequência: espumantes, brancos, rosés,  tintos, vinhos ou espumantes doces, vinhos fortificados e destilados. Há quem faça aqui uma analogia à sequência dos pratos a serem servidos: entradas, prato principal e sobremesa. Assim, passamos dos pratos e vinhos menos elaborados aos mais complexos em aromas e sabores.

Bons vinhos!!

Natália Andrade
blog.winelicious@gmail.com