Natália Andrade

Apaixonada por vinhos, acredito que as coisas boas da vida devem ser brindadas. Encontre aqui dicas do que há de melhor no mundo da vitivinicultura.

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Algumas curiosidades dos vinhos rosés

Algumas curiosidades dos vinhos rosés

É verão, tempo de brindar a vida e se deliciar com bons rosés! Aproveitando esta convidativa época do ano, trazemos aqui algumas curiosidades acerca dos vinhos rosés, a saber:

  • Dentre as castas mais utilizadas na elaboração de rosés destacamos: Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Pinot Noir, Tempranillo, Malbec, Grenache, Cinsault, Sangiovese e Mourvèdre (conhecida em Portugal comoMataró).
  • Os rosés não são todos iguais. Há uma vasta escala de cores entre os vinhos rosés (a paleta inicia no rosa-pálido progredindo para o rosa-peónia, passando pelo cereja, framboesa, morango, rosa-velho, rosa-alaranjado, damasco, salmão até alcançar a cor casca de cebola) que varia consoante o tempo de contacto entre a película e o mosto e as castas utilizadas. Estes podem ser vinhos doces ou bem ácidos. São assim vinhos bastante versáteis!

  • Os rosés são óptimos como aperitivos e ideais para acompanhar comidas a base de arroz, incluindo  até mesmo as comidas asiáticas, uma vez que sua acidez compensa o elevado nível de hidratos de carbono presente neste cereal.
  • Não é um vinho elaborado para agradar apenas o paladar feminino. O machismo por muito tempo afastou o consumo do público masculino que associava o vinho rosé a um produto com menos corpo, porém na realidade estes apresentam mais corpo do que os vinhos brancos e apresentam sabores e aromas surpreendentes assim como os tintos bem executados.

  • Os vinhos rosés não são necessariamente uma mistura entre o vinho tinto e o vinho branco como alguns pensam, apenas serão nos casos dos países em que a legislação permite que este tipo de vinho seja obtido por meio desta mescla. Na verdade, estes vinhos podem ser produzidos através da breve maceração de castas tintas, na qual há um rápido contacto da película com o mosto, com a finalidade de se atribuir um leve toque rosado de cor e sabor levemente tânico à bebida e que posteriormente segue o método de vinificação de bica aberta, típica dos vinhos brancos, que consiste na vinificação do mosto sem as películas. Assim, enquanto nos vinhos tintos o contacto do mosto com a película se estende por dias, às vezes quase uma semana, nos vinhos rosés este contacto é habitualmente mantido por um período máximo de 24 horas.
  • São vinhos de pouca longevidade, pelo que  não são indicados para guarda e devem ser consumidos no período de um ano.

Bons vinhos!!

Natália Andrade
blog.winelicious@gmail.com