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01 Ago Clarificação do vinho
A limpidez do vinho é uma das primeiras qualidades que o consumidor exige no produto. Todavia, o vinho não nasce assim. Na realidade, durante o processo de elaboração do vinho, o mosto apresenta partículas sólidas em suspensão (borras), como células de levedura e partículas minúsculas da casca e polpa. Assim, para que o vinho se torne límpido, estas partículas sólidas devem ser removidas, filtradas, evitando que o produto final se apresente turvo e tenha sua qualidade comprometida.
Para que os vinhos se tornem límpidos, a maioria deles são submetidos à clarificação, processo este que consiste em adicionar uma substância proteica ao vinho para que absorva e precipite as partículas sólidas em suspensão no líquido que causam um aspecto turvo.
Dentre as substâncias utilizadas na clarificação é frequente encontrarmos as claras de ovos, a argila bentonítica e a vesícula de peixe. Não precisa torcer o nariz, saiba que é ínfima a probabilidade de encontrarmos vestígios de ovos ou peixe no vinho – habitualmente nem aparecem nos testes de laboratórios. Porém, se a questão for ética e não tanto nutricional, para evitar os derivados animais, aposte em um bom vinho tinto orgânico que terá sido apenas filtrado, não recorrendo ao processo de clarificação durante a sua elaboração.
Atente-se ainda para o facto da clarificação poder suprimir parte dos taninos e de algumas substâncias aromáticas desejáveis na composição do vinho e que nos vinhos de qualidade apesar deste processo é possível ainda encontraremos algumas borras, isto porquê alguns depósitos são formados no fundo das garrafas durante o período de guarda nos vinhos menos manipulados.
Bons vinhos!!