Natália Andrade

Apaixonada por vinhos, acredito que as coisas boas da vida devem ser brindadas. Encontre aqui dicas do que há de melhor no mundo da vitivinicultura.

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Degustação de queijos e vinhos em casa

Degustação de queijos e vinhos em casa

Pensando em organizar uma degustação de queijos e vinhos em casa? Aqui vão algumas dicas para tornar esta experiência ainda mais rica!

Relativamente aos queijos, o ideal é optarmos por pelo menos quatro tipos e preferencialmente um de cada família. Entre as famílias de queijos temos os de mofo branco e pasta mole (Camembert, Brie, Bonchester, etc.); os de leite cozido (Emmenthal, Cheddar, Gruyère, Gouda, Edam, Masdam, São Jorge, etc.); os curados (Parmesão, Grana Padano, Manchego, Cantal, etc.) e os azuis (Gorgonzola, Roquefort, Stilton, Cashel Blue, etc.). Para acompanhá-los, devemos escolher três tipos de vinho, de preferência: um branco, um tinto e um Porto.

Devemos começar pelos queijos mais leves até os de sabores mais intensos. Este respeito ao grau de intensidade deve ser também levado em conta quanto a ordem de serviço dos vinhos, começando assim pelo branco, passando pelo tinto até chegar ao Porto.

Antes de começarmos a degustação, é interessante limparmos o paladar ingerindo um pedacinho de pão. Partindo para a degustação propriamente dita, começamos colocando um pequeno pedaço de queijo na boca, saboreando-o lentamente e, ainda com um pouco de queijo na boca, bebemos um gole do primeiro vinho.

Essa experiência é interessante para romper com a ideia de que o vinho tinto é quem melhor harmoniza com os queijos. Na realidade, vamos perceber que os queijos mais leves casam melhor com o vinho branco e queijos mais fortes, como os azuis, pedem um vinho fortificado como o vinho do Porto. A associação do Porto Vintage com um queijo azul é uma combinação clássica, a textura suave e amanteigada, a intensidade picante do queijo, acompanham com excelência os sabores soberbos do Porto Vintage.

Apesar de existirem combinações clássicas como Chardonay com Brie e a acima mencionada do Porto com queijos azuis, a graça desta degustação informal reside justamente em não seguir regras, mas sim directrizes, ir testando sabores e combinações, permitindo que as preferências pessoais tenham espaço. Assim, como toda sugestão de harmonização, o melhor é nos permitirmos lançar mão dos testes empíricos e não adotar as recomendações tão ao pé da letra, deixando o ambiente tenso ao invés de descontraído e prazeroso.

*** Dicas

Se quiser variar no serviço dos vinhos, poderá optar por um espumante para acompanhar os queijos  brancos moles.

Uma boa sugestão é usar tábuas de mármore ou ardósia, que para além de ressaltarem as cores dos queijos, vão conservar a temperatura destes por mais tempo. Lembre-se também de disponibilizar uma faca para cada tipo de queijo, de modo a não misturar os sabores.

Natália Andrade
blog.winelicious@gmail.com