12 Ago Vinho Rosé
O vinho rosé (também conhecido como rosado ou clarete) é um tipo de vinho que apresenta coloração rosada, intermédia entre os tintos e os brancos, cuja intensidade pode variar de um laranja pálido a um púrpura vívido, dependendo das castas utilizadas e das técnicas de fermentação que forem empregadas na sua elaboração.
Este vinho pode ser obtido de duas formas:
(i) a partir de uma maceração breve de uvas tintas, na qual há um breve contacto da película com o mosto, com a finalidade de se atribuir um leve toque rosado de cor e sabor levemente tânico à bebida e que posteriormente seguem o método de vinificação de bica aberta (típico dos vinhos brancos, e que consiste na vinificação do mosto sem as películas), ou
(ii) através da combinação entre vinho branco e tinto (nos casos dos países em que a legislação permite que este tipo de vinho seja obtido por meio desta mescla).
Características
Os vinhos rosés são tendencialmente aromáticos. Neles é comum encontrarmos notas florais ou frutadas, sendo comum a percepção de aromas como:
- florais – flor de laranjeira, rosa, íris, violeta, jasmim, cravo, giesta e flores secas
- frutados – morango, cereja, groselha, romã, framboesa, groselha preta, damasco, pêssego, pêra, maçã, citrinos e frutas exóticas
O seu sabor resulta do equilíbrio entre as características do vinho branco (frescura, leveza e suavidade) e do vinho tinto (aromas a frutos, especialmente os vermelhos). Habitualmente, são vinhos suaves, doces, com uma leve acidez e baixo teor alcoólico. No tocante às cores, a paleta dos rosés começa no rosa-pálido progredindo para o rosa-peónia, cereja, framboesa, morango, rosa-velho, rosa-alaranjado, damasco, salmão e casca de cebola.
Quando e como consumir
Os vinhos rosés são vinhos versáteis e uma óptima escolha para acompanhar aperitivos e entradas menos elaboradas no verão, bem como pratos da cozinha de fusão e oriental, como a japonesa, tailandesa, vietnamita e indiana. Estes terminam por ser uma opção fresca e frutada quando comparados aos brancos secos, podendo se revelar uma boa alternativa (e menos alcoólica) para acompanhar um churrasco, carnes brancas e peixes grelhados. Já os rosés secos e frutados são excelentes para acompanhar pratos ligeiramente temperados, incluindo vegetais, massas e saladas, devido à sua doçura suave (ainda que pouco perceptível).
Estes vinhos estão associados ao verão, época em que as refeições são mais leves devido ao calor e que ganham preferência.
Devem ser consumidos enquanto jovens – 1 a 2 anos – e servidos ligeiramente frescos, entre 10º e 13º C.
Tendência de consumo
Os vinhos rosés estão a escrever um novo capítulo na sua história, estão a se reinventar – vinhos aromáticos, frescos e elegantes de qualidade acrescida – e a ganhar a atenção dos consumidores. Por muito tempo os rosés foram preteridos, porque a sua cor estava associada ao universo feminino, pelo que não caíam no gosto do público masculino, para além de serem pouco associados à comida tradicional. Esta acepção também decorria da falta de informação acerca do produto por parte dos potenciais consumidores e ainda do facto de existirem poucas marcas no mercado que comercializassem este tipo de vinho, com excepção do Mateus e do Lancers, vinhos com grande expoente no mercado internacional.
Hoje em dia, este estigma está a cair por terra, visto que é crescente o consumo de vinho por mulheres (os vinhos mais suaves tendem a conquistar a atenção deste público) e a sofisticação e elegância da gastronomia demandam vinhos mais delicados e impulsionam novas tendências. Assim, passam a ser cada vez mais procurados e as marcas de prestígio começam a investir na produção destes vinhos, já sendo figura cativa no verão dos portugueses.
Para quem dá os primeiros passos no mundo dos vinhos, estes tendem a ser boa escolha, já que não são excessivamente complexos e apresentam aromas facilmente reconhecíveis.
Bons vinhos!